Cidade, de Djanira
Nascida em Avaré, SP, em 1914, e falecida no Rio de Janeiro, RJ, em 1979, Djanira da Motta e Silva cresceu em Porto União, SC, e mudou para a capital paulista em 1932. Cinco anos depois, internada com tuberculose em São José dos Campos, SP, começou a desenhar. A arte ganha força quando, em 1939, vai para o Rio de Janeiro, RJ, onde abre uma pensão no bairro de Santa Teresa. Convive então com artistas como Milton Dacosta (1915-1988), Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), Arpad Szènes (1897-1985), Carlos Scliar (1920-2001) e Emeric Marcier (1916-1990), com quem tem alguns meses de aula em 1940. No ano anterior, também frequentara cursos de pintura no Liceu de Artes e Ofícios. Participa de uma coletiva em 1942, na Divisão Moderna do Salão de Belas Artes e, no ano seguinte, realiza a primeira individual na Associação Brasileira de Imprensa. “Cidade”, obra pintada em 1967, com tinta a óleo sobre tela (60 x 100 cm), traz os arcos do bairro em que viveu e impressiona pela maneira como usa as manchas de verde para representar o diálogo da natureza com o urbano no Rio de Janeiro. Esta obra integra o Salão Paulista de Arte Naif no Museu de Arte Sacra de São Paulo, SP.
Oscar D’Ambrosio
