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Co Viver, de Alexandre Bernardes

Co Viver, de Alexandre Bernardes
16/07/2021

A história da arte pode ser, de maneira ampla e didática, dividida em três momentos. Inicialmente, houve a ênfase na imitação (mimese) do mundo. Posteriormente, entra-se na esfera de uma representação, ou seja, a realidade ainda surge reconhecível, mas transformada dentro de diversas estéticas. A partir aproximadamente dos anos 1950, há ênfase na interpretação, ou seja, o concreto abre espaço para um pensar sobre o significado do existir e como a arte o expressa. A exposição “Co Viver”, de Alexandre Bernardes, no VAR, Rua Caravelas, 177, em São Paulo, SP, realiza o amálgama dessas dimensões com intensidade. Se o uso de máscaras de estêncil reporta a u m mundo conhecido, com bailarinas e rostos, a expressividade das cores gera representações propositalmente distorcidas e os gestos vinculados ao expressionismo abstrato trazem uma interpretação de que, perante uma complexa realidade externa, uma rica dinâmica vivencial interna gera um alento. Oscar D’Ambrosio