Frida Kahlo se tornou um mito. A maneira como ela levou a sua vida para a obra lhe deu um diferencial enquanto criadora de um universo único, em que arte e biografia se confundem de maneiras poucas vezes vista pelo grau de expressão visual e de intensidade emocional das imagens. A célebre Casa Azul, em que morou e se tornou o Museu Frida Kahlo, ilustra como o que a artista representa está além da sua obra. A homenagem que Willy de Carvalho realiza à artista mexicana coloca uma imagem dela, majestosa, sobre a mencionada residência casa/museu. As roupas que utiliza, que aludem à forma da mulher mexicana se vestir, distinta dos padrões europeus, os cactos, as árvores, os animais, as caveiras e o coração são índices de uma existência caraterizada por dramas pessoas, posições polemicas e atitudes avançadas para a época. Colocada acima da casa, Frida surge como uma entidade imortal que realiza conexões entre os vivos e os mortos, uma ponte entre gerações e um símbolo de numerosas causas.
Oscar D’Ambrosio