“A arte do encontro”, trabalho realizado com aquarela e nanquim sobre papel (100 x 120 cm) por Daniele Bloris, mostra gestos que sugerem inquietação, assim como imagens que evocam silhuetas de pessoas ou de elementos orgânicos, como galhos. Nesse universo de possibilidades, cabe lembrar que “arte” vem do vocábulo latino “ars”, que indica “técnica ou “habilidade”. Seriam as manifestações artísticas disposições dirigidas para a comunicabilidade, tanto ao serem realizadas de forma consciente e controlada ou inconsciente e livre? Elas parecem ter algumas dessas características, mas também nos oferecem muito mais. Existe a questão do “encontro”, ou seja, “uma junção de pessoas ou coisas que se movem em vários sentidos ou se dirigem para o mesmo ponto”. A imagem de Daniele Bloris não seria um local mágico, de difícil definição, no qual quem fez e os que veem o que foi feito se encontram?
Oscar D’Ambrosio