Dia da Língua Nacional – Cris Marcos
A Arte Baniwa, ponto de partida de pratos de cerâmica moldados manualmente em placas e esmaltados e queimados em alta temperatura por Cris Marcos (@ceramicaterrae), apresenta um sistema linguístico brasileiro indígena que não tem relação com o tupi antigo. No link https://www.obrasilcoms.com.br/2013/05/portugues-tupi-antigo-aruak/
, é possível obter informações sobre os padrões gráficos reproduzidos na cestaria Baniwa, feita de arumã, espécie de cana de caule fino e reto. Os Baniwa, povo de língua aruak, vive na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana. São os homens que produzem cestos, peneiras e jarros utilizados no cotidiano pelas mulheres. Os grafismos das cestarias, que Cris Marcos utiliza em sua cerâmica. foram inscritos originalmente pelos antepassados indígenas em pedras, para garantir a sua perenidade. Para os Baniwa, fazer arte com arumã é um atributo das pessoas plenamente cultas. Os padrões ou sílabas gráficas geralmente fazem referência a elementos da natureza e, pela combinação dos padrões gráficos pela e variação das cores, são estabelecidos diferentes significados simbólicos.
Oscar D’Ambrosio
