“O Artista Baiano”, de Michele Angelillo, gera diversas inquietações. A primeira, naturalmente sem resposta simples, é o próprio significado da arte. Uma outra está na criação que é mostrada na imagem, cuja atmosfera é a de um casario e com mulheres com roupas típicas. Outro fator simbolicamente importante é a mão daquele que está realizando o trabalho. Existe ali um fascínio. As marcas que nela podemos ver contam histórias e são essas narrativas que surgem nos mais variados suportes. Nessa concepção, a arte se realiza quando consegue estabelecer instantes de prazer intelectual e estético no observador. Trata-se de um exercício cotidiano e gradual em que cada artista segue seu caminho para expressar seu interior. Não existem fórmulas prontas, mas múltiplas possibilidades. Quando criador, criatura e público se encontram, é instaurado um momento mágico.
Oscar D’Ambrosio