Obra pintada por André Franco, “Ama Branca: Branca que Ama”, de 2014, tem como importante símbolo a borboleta. Representação da ressurreição, está presente, de maneira estilizada, nos cabelos e nas mãos da figura central. Considerada como uma ponte entre este mundo e o dos mortos, e muito associada à espiritualidade, o eu elo com as mães se dá em grande parte pelo período em que fica enclausurada no casulo antes de mostrar a sua intensa beleza. Analogamente, as mães, embora sejam uma fonte de luz permanente, muitas vezes, ao exercerem certos papeis, como o de impor limites, são maltratadas, como se fossem lagartas. Há ocasiões em que o seu valor somente é percebido pela ausência. Assim como as borboletas, que passam mais tempo no casulo do que voando na natureza, as mães muitas vezes são notadas em seu esplendor apenas quando estão livres, em outra dimensão.
Oscar D’Ambrosio