Coluna da Vida, de Tuca Chicalé Galvan
“Coluna da Vida” (171 × 30 × 3 cm), de Tuca Chicalé Galvan, estabelece uma poética de conexões. Tecnicamente, é feita a partir de 1280 geométricos que compõem 320 cobogós construídos em papelão de caixas de café em cápsulas, gesso acrílico, tinta acrílica e tinta automotiva, podendo ser instalada como pêndulo ou fixado em parede. Aquitetonicamente, dialoga com os cobogós, elementos vazados, geralmente feitos de barro ou cimento, que completam paredes e muros, possibilitando maior ventilação e luminosidade. O nome provém da composição das iniciais dos sobrenomes dos três engenheiros (Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis) que os criaram, em 1929, quando trabalhavam nos Emirados Árabes. Plasticamente, o impacto monocromático e a verticalidade compõem um quebra-cabeças visual que convida a pensar no que nos conecta com nossa própria coluna vertebral vivencial e com alguma espiritualidade, seja a da maior respiração que os cobogós despertam, seja a das conexões mais abertas e transparentes com este e outros mundos.
Oscar D’Ambrosio
