Zona Cinzenta, de Lourdes Colombo
A pintura é um universo misterioso. As criações visuais que lidam com a interpretação do mundo por meio de formas e cores fazem pensar na aventura humana como um caminho de transições no qual é difícil determinar os pontos de partida e de chegada. Realizado com tinta a óleo sobre papel (29 x 42 cm), o trabalho de Lourdes Colombo que acompanha este post pode ser lido como uma jornada de gradações entre preto e cinza. As tonalidades estão ali a comprovar isso, mas existe na obra a força do criar novas realidades. As transições apontam para uma movimentação interna da artista que é refletida na construção de uma busca inquieta regida pelas veredas das cores. Elas apontam o que fomos, somos e podemos ser. Cada pincelada é um passo para desvendar as possibilidades do viver que se dão nas veredas do existir.
Oscar D’Ambrosio
