A obra “Amazônia em chamas”, realizada com técnica espatulada (50 x 60 cm) pelo Prof Max Barros, de Manaus, AM, em 2021, realiza uma crítica às queimadas locais. A arara, ave que simboliza a região, é representada em luta contra as chamas, em tons quentes de vermelho e amarelo. O azul do pássaro surge com a força da potência da natureza em sua tentativa de resistir às mais diversas agressões. Assim como a arara se deforma com o calor excessivo, que a consome e a torna uma dolorosa chama viva. Suas asas abertas indicam o desejo e a impossibilidade de levantar voo perante uma realidade adversa. A sua cor pode ser lida também como uma analogia com a água, já que a Bacia Amazônia sofre também com o desmatamento e a poluição, em um contexto em que a dor dos animais é a mesma da natureza e dos seres humanos.
Oscar D’Ambrosio