Kátia Brasileiro, no políptico “Cores da Terra”, composto por seis trabalhos, de 40 x 40 cm cada, realizados em técnica mista, convida para uma viagem. A jornada se dá pelo olhar, mas, principalmente, pelas percepções. As obras caminham pelas tonalidades de vermelho, laranja, ocre, amarelo e vinho, sendo que cada uma traz impressões que estão além da cor. Elas impactam a mente, mergulhando nos afetos de cada um perante o que parece ser único. Cada observador terá sensações diferentes, porque as memórias variam entre os indivíduos. Existe ainda o teor simbólico arquetípico relacionado à terra, pois, na maioria das tradições religiosas, está associada à criação dos seres vivos, inclusive dos seres humanos, modelados de barro ou argila, e também se relaciona com o enterro nas tradições ocidentais. Sendo assim a terra, com suas múltiplas cores, pode ser “lida” como o começo e o fim de tudo.
Oscar D’Ambrosio