A ancestralidade é um patrimônio essencial. O Grupo de pesquisa G.E.S.T.O – Grupo de Estudos do Simbólico e Técnico da Olaria- FaFich/ UFMG, do qual Ana Maria Xavier Guimarães (@atelier.anamariaxavierguimaraes) participa, recebeu uma cumbuca dupla Aratu, povo indígena extinto, para reproduzir. O processo, para ela, foi de um resgate em várias dimensões: a cultural, por lidar com um passado perdido; a emocional, por trazer à tona um elo com os saberes indígenas; e a afetiva, porque ela lembrou das histórias familiares sobre a trisavó indígena, capturada no laço pelos dominadores brancos. A peça, ainda em construção, colocada cada sobre uma toalha que a mãe de Ana bordou para o próprio casamento há 70 anos, trouxe pensares sobre a feminilidade, a maternidade e a amamentação que se manifestam, com linhas, agulhas, tecidos, bordados e rendas, no trabalho visual da artista. Oscar D’Ambrosio