Nalme Mendonça, em sua peça de cerâmica “Rosa Bororo” homenageia as mulheres indígenas da etnia Boe Bororo. Sua obra evoca uma importante mulher da mitologia do Mato Grosso. Segundo texto publicado em 1995, pela Profa. Maria do Carmo de Melo Rego, na “Revista Brasileira”, no século XIX, uma menina indígena foi aprisionada por uma expedição. Batizada como Rosa e educada por uma caridosa família, não abandonou o desejo de paz entre seu povo e os brancos. Às margens do rio São Lourenço, pediu ao tenente que liderava uma jornada contra seus irmãos que a esperasse, pois ela faria contato com os índios. Despiu-se para não ser confundida com branca, atravessou o rio e entrou no mato. Três dias depois, trouxe os guerreiros Bororo. O cacique ofereceu um arco adornado como símbolo de paz, encerrando o conflito. Rosa se vestiu, feliz por unir os povos que fundariam a nação brasileira.
Oscar D’Ambrosio