Flúvia Félix, de Rondonópolis, MT, em “Fuga do Preamento”, realizada com tinta guache e guache diluído sobre folha Chanson 150 m/g (15 x 21 cm), faz uma crítica social. A artista retoma seu curso de graduação em História quando, como bolsista PIBIC, sob orientação da Profa. Dra. Marta Maria Lopes, participou de pesquisa em documentos sobre o deslocamento dos índios Boé-Bororo no século XIX em Mato Grosso. Utilizou o tema para sua monografia de final de curso e, durante o isolamento social, revisitou as correspondências oficiais e não oficiais de moradores às autoridades pedindo a eliminação dos índios. Além disso, as bandeiras que não encontravam metais ou pedras preciosas aprisionavam índios. Em sua obra, os indígenas surgem brancos, índice de seu apagamento histórico, e os bandeirantes nem merecem ser retratados: são monstros de violência e preconceito.
Oscar D’Ambrosio