Decifra, de Ssara Dinizz
A arte tem muito de sua fascinação nos mistérios que proporciona ao observador. Quando uma imagem não se entrega completamente naquilo que mostra, desperta um poder de sedução. O que está ali escondido? O que se buscou dizer? Como foi construída a obra de modo que nos indague e instigue a buscar respostas? “Decifra”, de Ssara Diniz, pode ser vista como um ser de frente ou de costas. As tonalidades utilizadas, principalmente na pele, alertam que se está perante um indivíduo fantástico, fora dos parâmetros comuns. Não se tem uma imitação do real, uma representação estilizada ou uma interpretação de um ser conhecido. O que se vê transita entre o masculino e o feminino e, naturalmente, entre sonho e realidade. Acima de tudo, parece ser uma mentira criativa que nos obriga a pensar aquilo que entendemos como verdade cristalizada da chamada realidade de novas maneiras. Oscar D’Ambrosio
