Clau Resende, em "Olhar Avesso", desenho em papel reciclado com grafite de uma mulher indígena que olha para trás, constitui uma metáfora de como reconhecer o passado e a ancestralidade é fundamental para vislumbrar o futuro. A discussão passa, naturalmente, pelo real sentido de haver o um Dia voltado para celebrar o Índio. Trata-se de uma homenagem para cristalizar ações ou de uma espécie de “mea culpa” perante um cotidiano no qual pouco se faz? O Dia do índio traz ainda uma importante questão. Cada índio, além de ser uma pessoa, com suas necessidades próprias, integra uma tribo, língua e cultura distinta das outras. Portanto, é muito difícil para as entidades governamentais tomarem decisões e ações uniformes. Qualquer ação pública na área precisa levar em conta essa diversidade. Olhar para trás, portanto, significa aprender a olhar para a frente com mais determinação e competência. Oscar D’Ambrosio