As relações entre brancos e negros historicamente estão relacionadas a histórias de submissão em que a supremacia branca se manifesta das mais diversas maneiras, seja na economia, na sociedade ou no sexo. Os elos baseados na cor da pele fazem esquecer que a cor, que poderia ser um detalhe entre os seres humanos, se tornou um instrumento de poder e de domínio em todas as dimensões. Poder-se-ia olhar o quadro de Ana Cunha como uma relação entre o yin yang, o claro e o escuro e o branco e o preto, pois, os protagonistas são da mesma raça humana, mas a história leva a uma reflexão que está permeada por violência, desde a explícita no período da escravidão à implícita que ainda faz que se cometam atos injustificáveis relacionados à cor da pele, associada ou não à classe social, em uma sociedade em que a palavra integração precisa ser cada vez mais dita e, acima de tudo, praticada. Oscar D’Ambrosio