“Mamãe Oxum”, de Daniele Bloris, obra realizada com aquarela e caneta posca sobre Canson A3, em 2021, representa a orixá das águas. Muito ligada às emoções, sua cor, como ressalta a imagem, é o amarelo, vinculado à feminilidade e à sensibilidade. No contexto da discriminação racial e religiosa, a autora aponta o texto “Pelintras e Padilhas: a dança dos corpos encantados” (https://piaui.folha.uol.com.br/pelintras-e-padilhas-danca-dos-corpos-encantados/), do historiador Luiz Antônio Simas, como uma importante reflexão para analisar como a perseguição às religiões afro-brasileiras desvela o racismo na formação do país. Nesse sentido, a criminalização e a desqualificação de batuques, sambas, macumbas e capoeiras têm um papel essencial na criação de um imaginário em que apenas os valores do cristianismo, da escola europeia e da civilização ocidental são vistos como os modelos corretos a seguir. Oscar D’Ambrosio