“Natureza-morta”, de De Proença (@deproenca.art), pintado com tinta a óleo sobre tela (65 x 54 cm), utiliza um imaginário visual próprio do gênero. Na parte inferior da obra, temos as frutas e, logo atrás, na perspectiva instaurada, há um vaso dentro do qual há folhagens e flores. O panejamento, a mesa sobre a qual estão os objetos e seres inanimados, o fundo do quadro e a garrafa, que instaura, junto aos outros elementos, uma série de discussões espaciais e de geometrias, retomam o conceito do gênero da natureza-morta como um campo de experimentações. O artista desafia a si mesmo, no mínimo, em dois níveis: estabelecer a composição que será pintada e, em seguida, tornar aquilo que vê em obra de arte, seja buscando uma interpretação mais realista ou mais focada em perceber nuances de luz ou em estudar deformações que tenha interesse em desenvolver e aprofundar.Oscar D’Ambrosio