Representação do esqueleto de uma dama da alta sociedade, a figura da Catrina, expressão do sincretismo religioso indígena e católico, é muito popular na Festa do Dia dos Mortos, no México. Seu nome provém da palavra catrín, que significa “dândi” em espanhol e a sua simbologia está muito ligada ao que na tradição da arte se chama “memento mori”, ou seja, um ícone que alerta que as diferenças sociais nada significam perante a morte. O precursor dessas representações humorísticas foi Manuel Manilla, mas a obra mais célebre é “La Calavera de la Catrina”, gravura que integra uma série de imagens de caveiras do mexicano José Guadalupe Posada (1852-1913). A Catrina de Eliane Mezari que acompanha este post recorda ainda como, nas tradições daquele país, existe a crença em outro plano espiritual, de onde os mortos vêm, uma vez por ano, e se conectam alegremente com os vivos. Oscar D’Ambrosio