“Regatão Salomão”, pintura com tinta acrílica de Arieh Wagner, homenageia os judeus da Amazônia, descendentes de comerciantes judeus marroquinos que trabalhavam na bacia amazônica. Os primeiros antepassados chegaram em 1810 e, em 1824, organizaram a sinagoga, Eshel Abraham, em Belém, PA, a mais antiga em funcionamento do Brasil. O momento histórico, ligado ao ciclo da borracha, resultou na chegada de milhares de imigrantes judeus às cidades amazônicas. Mesmo após esse boom, muitos ficaram na região. Casaram com mulheres indígenas, gerando filhos que cresceram em um ambiente que mesclava cultura judaica, cristã, marroquina e amazônica. Houve ainda os judeus marroquinos que viviam em assentamentos ribeirinhos isolados no Brasil, como o Rabino Shalom Emanuel Muyal, que ficou conhecido como o "Santo Moisézinho". Oscar D’Ambrosio