Embora tenha pintado apenas sete anos, entre 1967 e 1974, Maria Auxiliadora (Campo Belo, Minas Gerais, 1938 - São Paulo, SP, 1974) deixou um eterno legado. Enfocou festas populares, cenas da vida doméstica e a própria morte. Provém de uma família de 18 irmãos, alguns deles artistas populares. Autodidata, iniciou a produção em meados dos anos 1950. Em 1968, liga-se ao grupo de Solano Trindade, líder, no Embu das Artes, SP, de um centro de cultura e arte de origem africana. Posteriormente, na Praça da República, em São Paulo, SP, foi descoberta pelo crítico de arte Mário Schemberg. Em 1971, realizou a primeira exposição individual e faleceu, logo depois, após uma dolorosa batalha contra o câncer. Em termos de estilo, destaca-se o uso de cores vivas e a maneira de simular relevos, nas áreas que queria destacar, com cabelos de verdade pintados ou com uma massa branca de espessura variável. Oscar D’Ambrosio