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Memória visual: E. de Souza

Memória visual: E. de Souza
16/03/2021

Emygdio Emiliano de Souza (Itanhaém, 1867 – Santos, 1949), ainda criança, gostava de observar Benedito Calixto pintar e foi com ele, em 1888, para Santos, SP, ajudar o mestre nas obras de pintura e decoração para os festejos da promulgação da Lei Áurea. Auxiliou depois em outros trabalhos e começou a fazer os próprios, geralmente pessoas, casarios e a natureza de Itanhaém e Peruíbe. Retornou para sua cidade natal, em 1890, sendo secretário da Câmara de Peruíbe, SP, em 1915, e nomeado chefe da estação ferroviária de Peruíbe, em 1916. Pediu demissão, oito anos depois, para se dedicar integralmente à pintura e foi “descoberto”, em 1938, por Alfredo Volpi, que o considerava o “primeiro pintor primitivista brasileiro” e o visitava regularmente. Sem nunca ter frequentado a escola, foi também poeta, contista, folclorista, músico e teatrólogo, retratando a cultura caiçara de sua região.

Oscar D’Ambrosio