As semelhanças entre uma escola e um circo podem ser muito maiores do que se pensa inicialmente – e são todas sob uma óptica positiva. Do mesmo modo que a criança tem prazer em ir ao circo, precisa sentir alegria de estar na escola. Isso inclui desde a aparência física de ambas até o comportamento de professores e funcionários. Na arte do circo e na prática da escola, a competência e a alegria podem caminhar lado a lado. Não é necessário ser sisudo para ser competente ou vice-versa. Em “A Escola Circo”, Herê Fonseca, com pigmento com verniz, se vale das cores primárias (vermelho, azul e amarelo, chamadas puras porque não são obtidas a partir das outras) e de linhas pretas retas ou curvas para estabelecer áreas visuais que formam uma construção que tanto pode ser um circo ou uma escola. O importante é que seja um espaço em que as crianças se sintam bem e onde a educação floresça.
Oscar D’Ambrosio