Fluxo, de Evelyn Gonoretzky
A ideia de fluxo comporta dois sentidos complementares. Ambos se fazem presentes na obra de Evelyn Gonoretzky (@artevely). O primeiro deles se refere ao efeito de fluir, ou seja, de se movimentar de modo contínuo. Essa característica pode ser encontrada nos trabalhos da artista em que parece de fato existir uma continuidade do movimento, que evoca um rio ou uma corrente de água, onde várias cores podem interagir, gerando diversos efeitos de luz e transparência. O segundo refere-se a um movimento alternado que se repete, como o das ondas do mar para a praia e vice-versa, nos fenômenos conhecidos, respectivamente, como enchente e vazante. Essa dimensão também ocorre em alguns padrões com os quais a artista visual trabalha, explorando cheios e vazios no movimento da tinta, que funcionam como metáfora dos altos e baixos da existência.
Oscar D’Ambrosio
