Quando se mergulha na arte abstrata, sempre surge a discussão de que talvez ela não exista na sua essência, pois, mesmo quando o criador de uma imagem argumenta que não teve como ponto de partida algum objeto reconhecível no mundo que consideramos real, o observador do trabalho geralmente faz essa correlação, dando ao “abstrato” o “status” de algo para ele conhecido. O assunto, rico e complexo, ganha novas dimensões a partir da obra de Patylene (@patylene.arts). Seus trabalhos, em técnica mista, proporcionam um pensar sobre como a arte tem a capacidade de manifestar novos mundos, tanto internos, pela pluralidade de sensações que consegue transmitir, como externos, pois o resultado apresentado evoca muitas vezes imagens aéreas da Terra, constelações do espaço ou superfícies de outros planetas. Acima de tudo, estimula a imaginação, o que propicia uma contemplação fascinante.
Oscar D’Ambrosio