Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por artista com obras que privilegiam essa cor.
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O impacto de uma imagem em nossa mente pode se dar de várias maneiras. Uma delas é por meio da cor. A obra de A. Sousa que acompanha este post se vale de tonalidades quentes de vermelho e amarelo para chamar a atenção do observador. O assunto tratado pelo artista também é fundamental. Neste caso, a figura do esqueleto traz dramaticidade, mas, ao mesmo tempo, existe uma sutil ironia pelo fato de ele estar com um chapéu sobre o crânio. A imagem remete ao célebre tema “memento mori”, em que caveiras eram pintadas ou esculpidas em variadas obras de arte como lembrete da mortalidade do ser humano e de que o considerado belo é efêmero, assim como a vaidade física ou financeira. As aves negras em meio à paisagem árida são silhuetas a alertar que, mesmo quando a morte domina, a vida, de uma forma ou de outra, continua. Essa é a mecânica, às vezes aparentemente cruel, da existência.
Oscar D’Ambrosio