Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por artista com obras que privilegiam essa cor.
Envie seu trabalho para odambros@uol.com.br! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha!
São Benedito (1524 – 1589), conhecido como o Negro, o Mouro, ou o Africano, é venerado, devido à cor da pele, pelos negros, que o relacionam à escravidão. Há os que acreditam que nasceu, na Itália, em família pobre e descendente de africanos escravizados na Etiópia; outros afirmam que era um escravo capturado no norte da África e levado para o Sul da bota, sendo, portanto, etíope. Atuou como cozinheiro no Convento dos Capuchinhos e, devido à sua piedade e sabedoria, apesar de analfabeto e leigo, pois não havia sido ordenado, foi eleito Superior do Mosteiro. Terminado o período da função, retornou, com humildade e alegria, para seu trabalho na cozinha. A gravura de Gejo (silk sobre papel algodão Fabriano, 50 x 30 cm, da Série Santos Rebeldes) ressalta a relação do santo com os alimentos e universaliza, pela ausência de rosto, a sua figura como protetor, dos negros, dos africanos e dos cozinheiros.
Oscar D’Ambrosio