Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por artista com obras que privilegiam essa cor.
Envie seu trabalho para odambros@uol.com.br! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha!
A obra que acompanha este post, chamada “Janelas de Gaveteiro”, foi pintada por Néia Lima com tinta acrílica sobre tela (70 x 100 cm). O trabalho representa Mariana, MG, cidade adotiva da artista, que lá viveu dos 2 aos 30 anos de idade. Se as janelas são um tradicional símbolo ligado à passagem de um ambiente para outro, principalmente da esfera do privado para o público e vice-versa; o uso da expressão “Gaveteiro” é mais enigmático. Assim são chamados os moradores da cidade. Conta-se que, como a população local era muito pobre, as mesas em que eram servidas as refeições tinham gavetas. Se, à hora do almoço ou jantar, chegava uma visita inesperada, aqueles que estavam comendo escondiam rápido o prato dentro da gaveta. Assim surgiu a expressão que o título do trabalho de Néia Lima – que cria uma delicada e lírica visão da cidade com o uso intenso de amarelos e azuis – ajuda a eternizar.
Oscar D’Ambrosio