Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por artista com obras que privilegiam essa cor.
Envie seu trabalho para odambros@uol.com.br! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha!
O colar em cerâmica “Infinito”, de Cibele Nakamura, nos leva a pensar sobre a função desse tipo de adorno em diversas mitologias. Na maioria das culturas, usar um colar está geralmente vinculado a uma função social, como a de sacerdote ou sacerdotisa, ou a uma demonstração de poder, no caso de um rei ou rainha. Trata-se de uma maneira de informar à comunidade que aquela pessoa detém um elo com o divino. Faraós, por exemplo, eram identificados pelos seus colares, assim como pajés em tribos indígenas. Usar um colar é uma forma de se obter respeito e reconhecimento. Nas relações afetivas, usar o colar que se recebe de presente é uma maneira de atestar o reconhecimento pelo amor do outro. A circularidade do colar aponta seu caráter infinito e a cerâmica, que tem sua matéria-prima na terra, reforça a energia e a simbologia da peça criada por Cibele Nakamura.
Oscar D’Ambrosio