Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por artista com obras que privilegiam essa cor.
Envie seu trabalho para odambros@uol.com.br! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha!
Realizado com colagem e bordado sobre papel, o trabalho de Suely Bogochvol que acompanha este post traz uma série de discussões relacionadas a essas técnicas. Por um lado, o ato de selecionar imagens e colocá-las em um novo contexto demanda processos de seleção densos, dos quais da quantidade do que é visto se extrai a qualidade do que aproveitado e colocado em um novo contexto. Já o bordar relaciona-se diretamente com a saga da Penélope do mito grego, ou seja, significa construir um caminhar em que fazer e desfazer são constantes. O tempo faz nascer, viver e morrer, em metamorfoses que não conseguem ser controladas. Na imagem, o que é descascado foi destruído pelo tempo, mas guarda memórias de todo tipo. O que surge permanece, mas, pela própria ação do relógio, é transformado de forma contínua e infinita.
Oscar D’Ambrosio