Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por artista com obras que privilegiam essa cor. Envie seu trabalho para odambros@uol.com.br! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha!
A obra “Árvores com fundo dourado”, de Camila Boranga, realizada com tintas acrílica e acrílica metálica sobre tela (50 x 70 cm), apresenta uma característica que cativa os olhos logo à primeira vista. As árvores se formam em dois planos, em branco e em preto. Isso auxilia à formação de um conjunto visual em que as copas formam uma espécie de vitral. Isso contribui para criar uma atmosfera sagrada, reforçada pelo ritmo das linhas, que corresponde à dinâmica da natureza com seus ciclos de nascimento, crescimento e morte, que se multiplicam. Assim como as árvores de uma floresta, que são, de certa forma iguais, mas, ao mesmo tempo, muito diferentes, Camila Boranga instaura um jogo de similaridades e diferenças que representa, com sensibilidade, tanto na estrutura visual como na cromática, padrões e ritmos na colocação, na tela, das árvores e dos galhos que se alçam no espaço.
Oscar D’Ambrosio