Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por artista com obras que privilegiam essa cor. Envie seu trabalho para odambros@uol.com.br! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha! Uma das magias da arte é a capacidade de ela possibilitar diálogos entre obras distintas, que conversam por questões temáticas ou de formas de expressão. É o que ocorre com o trabalho de Maria José Oliveira que acompanha este post. Ele remete, por diversos motivos, a “O Grito”, série de quatro pinturas de Edvard Munch realizadas em 1893. Na obra do artista norueguês, há uma figura andrógina que nos encara em um momento de extrema angústia, com um fundo que instaura uma atmosfera de um pôr do sol. No caso da artista brasileira, surge uma imagem feminina, de costas, contemplando uma paisagem com cores semelhantes. Se, na pintura do final do século XIX, não há dúvidas sobre o estado emocional da personagem central, observada por duas pessoas; na obra nacional temos a solidão da protagonista e a incerteza sobre o estado de espírito dela perante a paisagem que contempla.
Oscar D’Ambrosio