Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por dia com obras que privilegiam essa cor.
Envie seu trabalho para odambros@uol.com.br! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha!
A tela “Dona Maria Matilde de Almeida”, pintada com tinta acrílica sobre tela (60 x 40 cm) por Diana Chagas, tem uma história muito especial. A artista conta que, quando o pai dela era criança, Dona Maria, a mãe de criação dele plantou uma árvore no quintal de onde eles moravam, no Ceará, para que a família lembrasse dela quando morresse.
O então menino cresceu e foi morar na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Há alguns anos, Dona Maria faleceu, mas a árvore continua lá; e o pai de Diana, sempre que pode, volta ao Nordeste para visitar a casa de sua infância. Em 13/9/2020, o pai, ao completar 66 anos, recebeu de Diana, como presente uma pintura da árvore. Assim ele poderá tê-la para sempre perto, com as lembranças da mãe de criação.
A imagem da árvore, além dessa comovente história, tem uma grande força simbólica. Há nela e na sua potente cor um eixo existencial profundo une o passado (as raízes), o presente (o tronco) e o futuro (os galhos que se desdobram em variadas direções). Na pintura, tudo parece ser um único bloco visual em que a arte de Dulce consegue ligar eternamente Dona Maria ao filho.
Oscar D’Ambrosio