A fotografia é uma mescla fascinante entre a arte e a técnica. Trata-se de um jogo que pode ser encarado de diversas maneiras de acordo com a sensibilidade e a proposta de cada criador visual. Nesse universo, lidar com as luzes e sombras é obrigatório. Cada fotógrafo desenvolve uma solução para aquilo se propõe a fazer, o que pode se tornar um estilo, uma poética no sentido de ser desenvolvida uma linguagem pessoal, peculiar e que, embora se altere ao longo do tempo, mantenha paradigmas, tanto na forma de pensar como do fazer. A imagem “Shadows and Face”, de James Patrick Suplicy Conway, que acompanha este post, traz uma dinâmica visual muito própria. Embora, é claro, remeta a pinturas clássicas, principalmente do barroco, em que a luz é essencial, apresenta questões próprias da fotografia, devido aos efeitos obtidos que geram numerosas indagações sobre o real/imaginário e sobre o ser/existir.
Oscar D’Ambrosio