Projeto Fevereiro Laranja (1) – The Gates, de Christo e Jeanne-Claude – Participe!
Desde 2020, o Estado de São Paulo tem um mês de ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea. É o Fevereiro Laranja. Por isso, neste mês faremos um post por dia com obras que privilegiam essa cor.
Envie seu trabalho! A participação é gratuita e ajuda a divulgar a campanha!
Começamos com “The Gates”, instalação no Central Park de Nova York, do casal de artistas Christo (1935 -2020) e Jeanne-Claude (1935 – 2009). Dia 12/2/2005, 7.503 bandeiras de tecido laranja (açafrão, segundo os artistas) foram desfraldados pelo parque e permaneceram abertas por 16 dias, com as pessoas podendo caminhar abaixo deles livremente.
Nesse período do inverno, como as árvores estão sem folhas, a instalação, de visitação gratuita e sem financiamento público, podia ser vista de longe. Depois, os portões foram removidos e os materiais, reciclados. O casal investiu US$20 milhões durante 26 anos e ofereceu a possibilidade de comprar pôsteres com croquis assinados do projeto por US$ 300.
Os portões tinham 4,87 m de altura e largura entre 1,68 e 5,48 metros, de acordo com as 25 medidas diferentes dos 37 km de calçadas do Parque. Suspensos na parte superior horizontal, ficavam a aproximadamente 2,10 m acima do solo, com intervalos entre eles de 3,65 m, exceto onde ramos baixos impediam a colocação.
Os postes verticais e horizontais de vinil foram fixados por pés estreitos de base de aço, posicionados nas superfícies pavimentadas. Nenhum buraco foi feito no chão. Os artistas definiram a instalação como um "teto dourado criando sombras quentes" e diziam que o trabalho não continha nenhuma mensagem estética ou política.
Jeanne-Claude declarou: ”Estamos criando trabalhos de arte, de alegria e beleza. “The Gates” é apenas uma obra de arte. Não tem nenhuma proposta. Não são um símbolo ou uma mensagem".
É por meio desses portões, que demoraram um mês para serem erguidos por 600 voluntários, e remetem muito ao mundo oriental, que começamos nossa jornada pelo Fevereiro Laranja.
Oscar D’Ambrosio
