Imagens são seres felizmente muito esquisitos. A capacidade de elas estabelecerem um encantamento ao observador passa por múltiplas variáveis – e não há fórmulas matemáticas que consigam dar conta do processo. Adriana Nassar tem no cotidiano uma de suas matérias-primas. A fotografia que acompanha este post é marcada pela delicadeza. O lirismo do verde da natureza que aparece pode evocar em cada um as mais múltiplas reações. Uma delas provavelmente é a do lirismo acompanhado de uma sutil fragilidade. A capacidade de resiliência da natureza em sua busca pela sobrevivência traz ensinamentos. Por mais próxima que possa parecer a destruição e a finitude, as folhinhas verdes encontram energia para se sobrepor a tudo e a todos. Insistirão em sua caminhada movida pela perseverança da resistência: sem gritos, mas com constância e persistência.
Oscar D’Ambrosio