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Pílula visual: Crença vivencial

Pílula visual: Crença vivencial
19/01/2021

Tentar responder o que é a vida constitui um desafio que acompanha religiões, cientistas, filósofos e artistas. A obra de Eliane Mezari (@elianemezarivivoart ) que acompanha este post traz elementos para reflexão. A presença de um pé, base que sustenta as marcas do corpo, junto ao mundo, alerta para as cicatrizes, metaforizadas com diversas cores, que a existência deixa em cada um de nós.

Na parte inferior da imagem, está o tempo, representado por uma ampulheta deitada. A crença de casa um, seja no que for, ou mesmo em nada, é uma das maneiras de se libertar desse ciclo caracterizado por expectativas, frustrações por não atingi-las e consequente sentimento vivencial depressivo.

Seja pela fé judaico-cristã, pela iluminação de Buda ou pela convicção existencialista de que a vida ocorre somente neste plano, o tempo – seja circular, como no oriente; ou horizontal, com  começo, meio e fim como no ocidente – continua uma jornada que nos envolve – e as mais variadas crenças apontam caminhos para se relacionar melhor com a dinâmica da ampulheta e as cicatrizes existenciais que a vida deixa em cada um de nós.

Oscar D’Ambrosio