A temática da máscara sempre traz encanto. Aponta para aquilo que se esconde e que se revela. Quem a utiliza, de alguma maneira, vela a si mesmo e, ao mesmo, ao escolher o disfarce que usa, transmite uma mensagem. A “Máscara” de Cecília Macedo que acompanha este post , feita de bronze e estanho, permite justamente uma jornada por esse universo misterioso daquilo que é dito e do que é sugerido. A maneira como a artista explora o espaço, na sua tridimensionalidade, conduz a uma série de referências, pois, desde a antiguidade, as máscaras eram usadas em rituais, festas, templos, cerimônias mortuárias e religiões que apontavam para a existência de outra vida além da que conhecemos. A “Máscara” de Cecília Macedo, portanto, liga distintos metais e mundos, numa infinita e fascinante conversa entre sagrado e profano.
Oscar D’Ambrosio