A gramática do desenho tem uma vasta riqueza. O caracol de Maria Elisabeth Nunes Barros apresenta algumas dessas facetas. Temos ali o traço fino, a utilização de pontos, a permanência do esboço, o contorno grosso, a espiral e a garatuja. Assim, desenhar propicia um encontro com as próprias potencialidades que pode levar a um mergulho naquilo que realmente cada um é. O exercício pode não ser fácil ou agradável para alguns em um primeiro momento, mas é pleno de potencialidades sobre o que se é e o que pode ser perante uma folha de papel em branco e perante a própria jornada existencial individual e coletiva. Diferentes formas de desenhar criam, portanto, um repertório de distintas expressões de personalidades. Conhecê-las torna-se uma forma de conversar com cada uma delas com respeito e sem preconceito algum.
Oscar D’Ambrosio