Fotografar é caminhar por um labirinto onde há surpresas em cada esquina. O fascínio está no desenvolvimento desse andar. A capacidade de estar atento ao que está ao redor permite captar a magia do cotidiano. Ao se conceber o mundo como uma grande galeria, os sentidos se aguçam. A estética a ser registrada pode estar na formação de nuvens no céu, no diálogo delas com uma paisagem urbana ou rural ou em atividades cotidianas ignoradas. A imagem de Wilson Alves Cordeiro que acompanha este post traz uma paleta de cores e uma combinação delas em combinações que são fruto de uma inteligência aprofundada. Há, no mínimo, duas sabedorias: a da montagem do stand, geralmente intuitiva, sem um planejamento cromático, mas com uma intenção comercial; e a do fotógrafo, com sua percepção de captar a imagem e a competência técnica para selecionar a composição e a luz desejadas.
Oscar D’Ambrosio