Ricardo M. Rabelo apresenta uma obra plástica que faz pensar como é o nosso interior. Em cada ser existe um vulcão de ideias, pensamentos e emoções. Organizar esse caos constitui um desafio e, logicamente, cabe a pergunta se, de fato, é necessário transformar a desordem primordial em algum tipo de cosmos. Os trabalhos visuais do artista apresentam uma movimentação própria que conduz a um fascínio que nos faz mergulhar na proposta do artista. Há muitos detalhes para olhar – e todos interagem em nome da construção de um conjunto regido pela expressividade. Cada fragmento comporta o conceito de que, para conhecer alguma pessoa ou alguma situação, cada pedaço e o todo não podem ser separados. O raciocínio primordial é que a obra apenas se completa quando cada observador lhe dá vida e novas e diversas interpretações.
Oscar D’Ambrosio