O termo Minimalismo está na moda muito em função de dois documentários disponíveis na plataforma Netflix. Ambos têm como protagonistas os amigos Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, jovens de sucesso que decidem se desfazer de tudo que avaliam ser supérfluo e sem sentido.
Eles escrevem um livro e viajam pelos EUA em turnê com a mensagem que viver com menos é uma forma de se libertar do consumismo. “Minimalism: A Documentary About the Important Things”, de 2016, enfoca as ideias do livro e de outras pessoas com ideias semelhantes. “Minimalismo Já”, de 2021, narra detalhes da vida da dupla e mostra práticas a adotar.
O nome desse conceito de estilo de vida que opta por ter menos e focar o essencial provém de um movimento dos anos 1950 e 1960, em Nova York, EUA, que buscava utilizar poucos elementos fundamentais como base de expressão. Nas artes e no design, o minimalismo se valia da geometria e da limpeza formal, rompendo com a arte tradicional europeia.
Os artistas ligados a esse pensamento mergulhavam em experiências além da pintura e da escultura, rumo a "objetos" ou "não-objetos" (quando não tinham uso) e instalações caracterizadas pela redução no uso de elementos e pelo uso de cores neutras ou mesmo pela ausência de cor.
Os documentários tratam de economia, moda, design, família, saúde e sustentabilidade. Nesse sentido, vale a pena ler e conhecer mais do minimalismo na arte, porque muitas dos conceitos de Milbun e Nicodemus encontram um curioso paralelo naquilo que artistas como Carl Andre, Dan Flavin, Donald Judd, Richard Serra e Sol LeWitt criaram bem antes.
Oscar D’Ambrosio
#minimalismo