Em uma sociedade em que as máscaras se tornaram essenciais como forma de proteção contra a pandemia causada pelo novo coronavírus, a visão de um encontro de mãos funciona como uma metáfora de encontros pela arte. É que indica a artista Tania Martins com a foto em que temos o diálogo entre as cores de uma artista e de uma criança. Esse diálogo geracional é muito mais do que uma troca de ensinares e de aprenderes. Está ali o autentico papel da arte de passar o bastão entre momentos diferentes da jornada existencial. É essa conversa que pode ocorrer das mais diversas maneiras que permite à arte prosseguir a sua caminhada. A linguagem da arte funciona justamente como o toque físico que não pode ser dado agora. Linhas, formas e cores são uma maneira de abraço. Se hoje o toque tem que ser adiado entre as peles, por meio da arte, ele continua a alimentar todos de todas as idades.
Oscar D’Ambrosio