É difícil definir qual é a magia que rodeia e penetra o mundo da aquarela. Um dos seus principais aspectos certamente está em torno das transparências que ela proporciona. Esse exercício é representado pela imagem que acompanha este post de Sueli Bomfim. A ideia da sobreposição de camadas e de movimentos do pincel é enriquecedora porque nos permite entender a arte de fazer uma aquarela como uma manifestação de uma certa espiritualidade não no sentido místico, mas no de uma jornada interior em que um progressivo mergulho em silêncios internos traz como resultado visual uma ampliada convicção de que a arte é um passo para um maior e melhor autoconhecimento que auxilia uma relação mais adensada com a sociedade e com o mundo. Cada nova obra, nesse aspecto, é mais um passo para o aprimoramento pessoal e técnico em nossa jornada existencial.
Oscar D’Ambrosio