O corpo é um território a ser continuamente descoberto e valorizado. Nildo Machado traz essa discussão na obra que acompanha este post, uma representação masculina dividida em duas partes: um lado negro e outro branco. Ambos têm marcas em suas peles que geram um pensar sobre como a questão racial está vinculada às histórias de cada um. De um lado, estão as marcas do chicote, simbolizando as cicatrizes da escravidão que, das mais diversas formas, se mantêm presentes até hoje. Do outro, alguns ícones que são utilizados por tatuadores, como escorpião e alusões a lagartos, lagartixas e dragões. A conversa entre essas duas facetas deve ocorrer, pois todos somos humanos. As marcas de uns e outros podem e devem caminhar em um processo histórico nunca de apagamento, mas de conhecimento mútuo e troca de experiências para a construção em conjunto de um futuro melhor e mais justo para tod@s.
Oscar D’Ambrosio