É bastante comum discutir até que ponto o conhecimento dos cânones da pintura figurativa auxilia no desenvolvimento de uma obra plástica, principalmente quando o artista decide realizar experimentações ou desenvolver séries abstratas ou geométricas. Existem aqueles que defendem com veemência que o estudo detalhado de princípios de composição, luminosidade e forma são essenciais para atingir um resultado de maior densidade. Há outros, por sua vez, que não consideram esse conhecimento fundamental. A obra de Candida Pinto enriquece esse debate. No caso dela, representações de flores e marinhas, dentro de uma perspectiva mais realista, tornaram-se ferramentas que lhe permitem chegar a resultados como o deste post, em que a liberdade se faz presente na criação de uma atmosfera diáfana, em que o conjunto encanta pela dinâmica do gesto e pelo uso das cores e suas tonalidades.
Oscar D’Ambrosio