No universo do mundo da arte, existe um recorte que muitas vezes é deixado de lado e que reúne grande número de adeptos. Trata-se de uma pintura voltada para o que muitos chamam de arte acadêmica, representação visual que constitui uma caminhada técnica que resulta em trabalhos nos quais há o desenvolvimento de uma linguagem em que as chamadas naturezas-mortas são um exercício obrigatório. Geovane Reis de Oliveira, nascido em Amarante, PI, e radicado em São Paulo, SP, mergulha com dedicação e talento nesse mundo que tem uma gramática própria, caracterizada por luzes e sombras, composições plenas de desafios e mergulho em reflexos de objetos e dobras de tecidos. É no diálogo entre esses elementos que os artistas do gênero revelam a sua capacidade, um processo de estudo e aprendizagem em que cada obra é um passo que supera os próprios limites de representação.
Oscar D’Ambrosio