A arte nasce do cérebro humano das mais variadas formas. Existem aqueles processos mais intuitivos, os mais racionais e os que lidam com aspectos lúdicos de fatos ou objetos do cotidiano. Na exposição “À distância”, de Tiago Judas (@tiago_judas), no Rizoma Ateliê (@rizoma_atelie), com curadoria de Rubens Zaccharias Jr., há obras do artista que motivam essa situação. Uma imagem que ilustra esses possíveis mecanismos de transformar inquietações em obras visuais é a serigrafia que integra a série “Kipá”,mostrada na exposição “Matiz Vertical”, na Galeria Vermelho, em 2007. A presença de um pequeno homem saindo do interior do cérebro da figura central parece metaforizar o que significa o criar em sua essência: um abrir de possibilidades, uma manutenção da liberdade das ideias rumo ao desconhecido da arte, um universo que torna o aparentemente impossível em uma possibilidade.
Oscar D’Ambrosio