Pode-se definir arte de infinitas maneiras. As tentativas que atingiram alguma repercussão apontam que é necessário que os trabalhos discutam o sentido da existência. Existe um consenso que as obras mais significativas são as que conduzem, de maneira sutil ou explícita, a pensar o sentido da vida. Isso não significa que a arte figurativa leve vantagem, pois há criadores de trabalhos abstratos, nas mais diversas técnicas, que também levam a um intenso refletir sobre o que fomos, somos e podemos ser. No universo poético e visual de Filipe Neves (@filipeneves_art), a obra que acompanha este post atinge esse patamar. Há um bebê na imagem, mas a discussão é mais densa e profunda. A gravura lida com a fusão da criança recém-nascida com a mão do adulto. Essa integração de tempos gera encantamento. Além da questão técnica, está a humana. Além do assunto, temos um fazer a embalar nossos sonhos.
Oscar D’Ambrosio